
PASSO 5
Admitimos perante Deus, perante nós mesmos e perante outro ser humano anatureza exata de nossas falhas.
Vencendo a Negação Gênesis 38.130
Admitir os erros pode ser para nós a parte mais difícil do Passo Cinco. A negaçãopode cegar! Como pode se esperar que admitamos as coisas que não enxergamos? Aquivai uma dica que pode nos ajudar. Muitas vezes, condenamos nos outros os erros queestão profundamente escondidos dentro de nós próprios
De acordo com a antiga lei israelita, a viúva devia casarsecom o irmão vivo doseu marido a fim de rara filhos (esse costume é descrito detalhadamente em Deuteronômio 25.51).Tamar foi casada sucessivamente com dois irmãos quemorreram, sem que lhe dessem filhos. Judá, seu sobro, prometeu lhe dar tamvém Selá, ofilho mais novo, mas nunca fez isso. Em conseqüência, Tamar ficou sozinha edesamparada. No esforço de protegerse,ela disfarçousede prostituta e ficou grávida dopróprio Judá. Ela guardou o sinal de identificação que Judá lhe tinha dada como garantiade pagamento (Gênesis 38.123)
Quando jUDÁ ouviu que Tamar estava grávida sem estar casada, ele exigiu a execuçãodela. “Quando a estavam tiranda da sua casa, ela mandou dizer ao seu sogro: ‘Quem meengravidou foi o dono destas cosias. Examine e veja de quem são o sinete com o dordãoe o bastão.’Judá reconheceu as coisas e disse: ‘Ela tem mais razão do que eu.’” (Gênesis38.2526)
Não é fácil ser honesto consigo. “Não há nada que engane tanto como” o coraçãohumano. “Ele esssstá doente demais para ser curado” (Jeremias 17.9). Porém nóspodemos olhar para as coisas condenamos nos outros como uma dica do que estáescondido em nós.
Infinito Amor – Oséias 11:811
Podemos estar dolorosamente conscientes da profunda vergonha, do problema edor que causamos para nossa família quando éramos controlados pela nossadependência. Podemos ter medo de admitir a natureza exata de nossos defeitos porquenão entendemos como Deus podia amar alguém que é tão mau.
Oséias foi um profeta para a nação rebelde de Israel. Deus usou a vida de Oséiaspara demonstrar seu amor incondicional por nós, o seu povo. O Senhor disse a Oséiaspara se casar com uma prostituta. Oséias casousecom ela, amouae se dedicou a ela.Mas, mais tarde, sua esposa se voltou a seu modo de vida passado, quebrou o coraçãode Oséias e lebou vergonha para sua família. Ela caiu na escravidão. Deus, então, deixouOséias perplexo dizendo a ele: “Vá e ame uma adúltera, uma mulher que tem um amante.Ameaassim como eu amor o povo de israel, embora eles adorem outros deuses e lhesofereçam bolos de passa” (Oséias 3.1).
Podemos estar perguntando: Como poderia Deus (ou qualquer um) ainda assim meamar? Mas Deus responde: “Israel, como poderia eu abandonálo?Como poderiadesemparálo?...Não posso fazer isso, pois o meu coração está comovida, e tenho muitacompaixão de você... Pois eu sou Deus e não um ser humano; eu, o Santo Deus, estouno meio do meu povo e não o destruirei novamente”(Oséias 11.89).Não existe nada quepossamos fazer ou confessar para Deus que o levaria a deixar de nos amar (vejaRomanos 8.3839).
A Linha de Prumo Divina – Amós 7.78
Os tipos de instrumentos que usamos para medir nossa vida normalmente iràodeterminar os tipos de problemas que encobrimos. Se usarmos as orientações falsas, nãopoderemos fazer uma avaliação precisa. Podemos nos perguntar por que não estamosprogredindo no programa de recuperação. Pode ser que precisemos olhar maisprofundamente nos aparelhos de medida que estamos usando para encobrir nossasáreas de problema.
O profeta Amós lembrousedesta visão: “O Senhor me mostrou numa visão istotambém: ele estava perto de um muro contruído direito, a prumo, e tinha um prumo namão. Ele me pergunto: Amós,o que é que você está vendo? – Um prumo! – respondi.Então ele me disse: Euvou mostrar que o meu povo não anda direito: é como um murotorto, construído fora de prumo. E nunca mais vou perdoar o meu povo.”(Amós 7.78)
Um prumo é um pedaço de corda que possui um peso amarrado em um extremo. Quandoa corda é segurada com o extremo do peso para baixo, a gravidade assegura que a cordaestá perfeitamtnet na vertical. Quando seguradao ao lado de uma construção, o prumopromove uma medição certa para ver se a estrutura está alinhada em relaçãl ao universo físico. Uma construção alinhada com o prumo ficará firme e funcionando bem. Se asparedes da construção estão fora da linha, não estão ajustadas e poderão, a qualquer momento, cair.
O mesmo é verdadeiro no contexto espiritula. A Palavra de Deus é nosso prumoespiritual. Assim como não podemos discutir acerca da lei da gravidade, nào podemosmudar as leis espirituais reveladas na Bíblia. Deveríamos medir nossa vida pelo prumo daPalavra de Deus . Quando as coisas não estão aprumadas, é importante admitirmos quehá um problema e começas a nos reconstruir de modo devido.
Sentimentos de Vergonha João 8.311
A vergonha tem mantido muitos de nós escondidos. A idéia de admitir os nossospecados e nos revelar a outro ser humano provoca sentimentos de vergonha e de temorde ser expostos publicamente.
“Ai alguns mestres da Lei e fariseus levaram a Jesus uma mulher que tinha sido
apanhada em adultério e a obrigaram a ficar de pé no meio de todos. Eles disseram:‘Mestre... de acordo com a lei que Moisés nos deu, as mulheres adúlteras devem ser mortas a pedradas. Mas o senhor, o que é que diz sobre isso?’... Jeus endireitou o corpo e disse a eles: ‘Quem de voc^ds estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!’Depois abaixouse
outra vez e continuou a escrever no chão. Quando ouviram isso, todos
foram embora, um por um, começando pelos mais velhos. Ficaram só Jesus e a mulher, e ela continuou ali, de pé.” (João 8.39)
Muitos crêem que o que Jesus estava escrevendo na terra foi o que fez com queos acusadores se fossem. Talvez estivesse fazendo uma lista ods pecados secretos doslíderes judeus. Se isso for verdade, temos uma preciosa ilustração do tipo de pessoa queJesus é: uma pessoa a quem podemos revelar os nossos segredos com toda confiança.O nosso confessor tem que ser uma pessoa que não se suspreenda pelo pecado nemque esteja esperando para nos condenar. Tal pessoa necessita tomar nota em particulardos nossos erros, escrevêlosna terra e não fraválosem pedra e exibilosem pública.Como a vergonha pode disparar a conduta aditiva, necessitamos escolher com cuidado apessoa na qual vamos confiar.
Recebendo Perdão – Atos 26.1218
Enquanto trabalhamos no nosso programa de recuperação, passamos peloprocesso de aceitar a verdade sobre a nossa vida e sobre as conseqüências das nossasdecisões. Talvez sintamos que temos de merecer o perdão em vez de somente recebêlo.Talvez pensemos que é mais fácil perdoar os que nos machucaram do que perdoar a nósmesmos pelo dano que causamos. Quando Jesus confrontou o apóstolo Paulo, deu a elea seguinte missão. “Mas levantesee fique de pé. Eu apareci a você para o escolhercomo meu servo, a fim de que você conte aos outros o que viu hoje e anuncie o que lhevou mostrar depois. Vou livrar você dos judeus e tamvém dos nãojudeus,a quem vouenviálo.Você vai abrir os olhos deles a fim de que eles saiam da escuridão para a luz edo poder de Satanás para Deus. Então, por meio da fé em mim, eles serão perdoadosdos seus pecados e passarão a ser parte do povo escolhido de Deus.”(Atos 26.1619)
Liberdade Através da Confissão – Romanos 2.1215
Todos lutamos com a nossa consciência, tentando fazer as pazes dentro do nossocoração. Podemos negar o que fizemos, buscar desculpas ou tentar lançar fora todo opeso da nossa conduta. Podemos nos esforçar para ser “bons”, tentando contrabalancearos nossos erros. Fazemos todo o possível por empatar o jogo. No entanto, para podermosnos desfazer do nosso passado, temos de deixar de dar desculpas pelos nossos pecadose confessar a verdade.
Todos nascemos com um sistema de alarme interno que nos alerta quandofazermos algo errado. Deus diz que todos somos responsáveis: “Eles[os não judeus] sãoa sua própria lei, embora não tenham a lei. Eles mostram, pela sua maneira de agir, quetêm a lei escrita no seu coração. A própria consciência deles mostra que isso é verdade,e os seus pensamentos, que às vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram isso”(Romanos 2.1415)
No Passo Cinco, nós procuramos deter essa luta interior e admitir que o erro éerrado. É tempo de ser sinceros com Deus e conosco mesmos a respeito das nossasdesculpas e da natureza exata dos nossos erros. Precisamos confessar os pecados quecometemos e o sofrimento que causamos a outros. Talvez tenhamos passado anoselaborando álibis, inventando desculpas e tentantod fazer barganhas. É tempo de dizer averdade. É tempo de admitir o que sabemos muito bem que é certo: “Sim, sou culpado daacusação”.
Não há liberdade, tiramos dos nossos ombros o peso das nossas mentiras edesculpas. Quando confessarmos os nosssos pecados, encontraremos a paz interna quetinhamos perdido havia tanto tempo. Também estaremos um passo mais próximos darecuperação.
Escapando do AutoEngano Gálatas 6.710
Podemos nos enganar ao pensar que podemos simplesmenteenterrar os nossoserros e seguir adiante sem ter de admitilos,Com o tempo, todos descobrimos queaqueles atos que pensávamos que estavam enterrados para sempre eram realmentesementes. Crescem e dão frutos. Com isso, teremos de enfrentar um a colheita deconseqüências e o fato de que o autoenganonão nos feneficia em nada.
“Não se enganem: ninguém zomba de Deus. O que uma pessoa plantar, é issoesmo que colherá. Se plantar no terreno da sua natureza humana, desse terreno colheráa morte. Podém, se plantar no terreno do Espírito de Deus, desse terreno colherá a vidaeterna.” (Gálatas 6.78)“Se dizemos que não temos pecados, estamos nos enganando, enão há verdade em nós. Mas, se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumpriráa sua promessa e fará o que é correto: ele perdoará os nossos pecados e nos limpará detoda maldade.” (1 João 1.89)
O Passo Cinco diz adeus ao autoenganoe dá boasvindasao perdão e àpurificação. Devemos notar que há purificação de cada maldade, não do “fazer o mal”emsentido geral. Reconhecer a natureza exata dos nossos erros incui prestar contas demaneira exata e específica. Quando confessarmos especificamente os nossos pecados,deixaremos de nos enganar em relação à natureza de nossos erros. Como, de todas asformas, não p[odemos deixar Deus de lado e fugir com nossos erros, o melhor quepodemos fazer é ser sinceros e receber o perdão.
Sentindo Tristeza – Gênesis 23.24;35.19 21
O caminho da recuperação e do encontro de nova vida também envolve umprocesso de morte. Os diferentes meios usados e que achávamos que nos ajudariam naluta eram “defeituosos”.
Mas ainda assim, nos davam conforto ou companhia. Desistir deles, muitas vezes,é semelhante a sofrer a morte de um ente querido.
Abraão e seu neto Jacó perderam entes queridos quando viajavam para a TerraPrometida. “Sara ...morreu na cidade de Hebrom, também chamada Quiriatearba,naterra de Canaã. E abraão chorou a sua morte. Depois saiu do lugar onde estava o corpo e... disse: Eusou um estrangeiro que mora no meio de vocês. Portanto, me vendam umpedaço de terra para que eu possa sepultar a minha mulher... Depois disso Abraãosepultou sara.” (Gênesis 23.14,19)Uma geração depois Jacó recebeu novo nome, Israel,e a promessa de uma grande herança na Terra Prometida. No caminho para lá, eletambém perdeu sua amada esposa. Ela morreu enquanto dava à luz ao filho Benjamim.“Assim, raquel morreu e foi sepultada na veira do caminho de efrata, que agora se chamaBelém. Jacó pôs sobre a sepultura uma pedra como pilar, e ela marca o lugar dasepultura até hoje. Depois Jacó saiu dali. “ (Gênesis 35.1921)
Enquanto prosseguimos na caminhada da nova vida, necessariamente perdemosalguns dos nossos meios adictivos de luta. Quando isso acontece, precisamos parar egastar tempo para sepultar nossas perdas. Necessitamos colocálasde lado, cobrir avergonha elamentar a perda de uma coisa que era muito nossa. Quando o tempo de lutopassou, nós também podemos continuar a viagem.